terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Em que Estado vivemos?

Para a reflexão... em que Estado realmente vivemos?

Quando paramos para ver os conflitos na Ásia e Europa. Entre Israel e Palestina, e falamos que são todos doidos... que vivem se matando... e não olhamos para nosso próprio nariz onde temos umas das polícias que mais mata no mundo, se não a que mais mata. Onde o Estado (Rio de Janeiro) dá a farda a pessoas que tem a capacidade de metralhar um carro com adolescentes que nem sequer reagiram. Onde existe um conflito sem controle.

Quando vamos ao hospital e encontramos filas imensas de pessoas morrendo, pois não conseguem ser operados e não possuem dinheiro para pagar um hospital particular.

Quando temos uma educação que na verdade é uma farsa. Que está formando gerações de adolescentes que não possuem qualquer base critica. 
Um professor pede uma simples redação e muito mal copia da internet. O que esperar dessa geração?

Quando possuímos pequenos grupos controlando e dominando a política e a economia do país. Onde meia dúzia de empresários que produzem a soja na qual impacta consideravelmente no PIB de um país, e a mídia ainda comemora recordes de safras. Onde esse tipo de agricultura cada dia mais acaba com as florestas que nos restam, gerando secas cíclicas e falta de água nas grandes metrópoles.
Enquanto o agricultor familiar pouco tem valor, este que alimenta o país.

Quando uma empresa destrói um dos principais rios do país e nada de eficaz é feito a respeito, podendo ainda se repetir uma tragédia ainda maior. E a presidência, após uma semana vai visitar o local, e pouco se deu de assistência. 
Onde os principais lideres do país que se dizem protetores do meio ambiente, pouco se pronunciaram a respeito ou não se pronunciaram. A maioria financiada por empresas do tipo.

Quando uma pessoa que queima um índio vivo em Brasília vive em liberdade e quase se tornou um policial civil se não fosse a mídia mostrar o fato.

Quando as políticas públicas são sempre para inglês ver, e só quem está vivenciando enxerga a precariedade do sistema (saúde, educação, economia, segurança, programas sociais...), onde ainda milhares de pessoas morrem por dengue... um país onde nem com o auxilio de exército se consegue amenizar a situação.

Quando a política se baseia, como foi dito, nos interesses pessoais e das grandes corporações, deixando os interesses do povo completamente de lado, mantendo-o sempre estabilizados. 

Já os processos democráticos completamente abalados.

Que pais é esse?

Estado Islâmico queima homem vivo



Tráfico queima homens vivos






terça-feira, 17 de novembro de 2015

SOBRE O CRIME AMBIENTAL DA SAMARCO/VALE


Texto de meu amigo e colega sociólogo Glauber Loures de Assis,

O maior crime ambiental da história do Brasil. Nenhum preso. A área do crime, inclusive, está sendo "protegida" contra a cobertura jornalística. A única "condenação" é uma "multa" para a Samarco que corresponde a menos de 5% do faturamento anual da empresa. 5%!
Realmente é de se indignar.
Mas penso também que tão importante quanto se indignar por ver a falta de punição e responsabilização pela ANIQUILAÇÃO da quinta maior bacia hidrográfica do Brasil é perguntar o por quê dessa impunidade com a Samarco/Vale.
Por que ninguém vai ser preso? Por que ninguém será categoricamente responsabilizado pelo prejuízo humano e ambiental incalculável? Afinal de contas, vivemos em um país onde portar uma garrafa de Pinho Sol na mochila pode dar cadeia. Onde roubar um litro de leite em supermercado leva o sujeito preso. Onde querem a todo custo encarcerar menores infratores. Onde está essa vontade de punir quando chega a hora da Samarco/Vale?
Pimentel, do PT, não foi falar com jornalistas junto à população que perdeu tudo, mas deu entrevista coletiva na SEDE da Samarco! Aécio, do PSDB, disse que "não é hora de apontar culpados". Marina Silva, a "rainha" da sustentabilidade, demorou mais de uma semana para se pronunciar, e quando o fez foi de forma tímida, distante dos atingidos, sem nenhum projeto.
Que mistério! Só que não! Parafraseando Darcy Ribeiro, o desastre ambiental brasileiro não é um desastre, mas um projeto. O que está destruindo a água, as montanhas e as florestas do Brasil é um projeto econômico/político muito bem pensado. Que inclui Belo Monte, que inclui a desmatadora Kátia Abreu no ministério da agricultura, que inclui Aldo Rebelo (negacionista climático) como relator do Código Florestal. E que inclui a Vale como financiadora das campanhas políticas.
Olha só o quadro de doações para campanha da Vale S.A. e suas filiais nas eleições passadas, de acordo com o TSE:

PMDB R$ 23.550.000
PT R$ 8.250.000
PSDB R$ 6.960.000

Lembrando que até Marina Silva recebeu R$ 488.000 da Vale....
E ainda vemos muitos defendendo a mineração e um julgamento brando para a Samarco, porque "sem ela a atividade econômica de Minas Gerais pára". Criamos uma nova variação do "rouba mas faz" do Maluf. É o "mata mas dá dinheiro".
Desastre não é acaso. É o preço que se paga por transformar o Brasil de "país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza" para fazendão do mercado internacional.
Então não adianta botar a culpa só nos "petralhas" ou nos "coxinhas". PT e PSDB estão com as mãos igualmente cobertas de lama tóxica.




Agora um vídeo que mostra a imprensa por de traz das câmeras... me pergunto quando irá iniciar uma investigação e responsabilização para a já considerada maior tragedia ambiental do país. Se não umas das maiores da história. Surreal o que acontece.

Surreal...

Como diz Glauber Loures, se fosse sobre manifestantes com rojões... aaaahh estaria durantes meses sendo noticiadas as noticias... e jamais seria uma acidente...




O Brasil como ele é.

Matéria do CQC da Band.







segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Éneas Carneiro e a mídia de seu tempo



COMO A MÍDIA ATACA, TRANSFORMA E ALTERA A FORMA DE VER UMA FIGURA.

Infancia e vida profissional Fonte: WIKIPEDIA 

"Enéas Ferreira Carneiro nasceu na cidade de Rio Branco, no estado Acre, em 1938. Filho de Eustáquio José Carneiro, barbeiro, e Mina Ferreiro Carneiro, dona de casa. Perdeu o pai aos nove anos de idade, sendo obrigado a trabalhar desde essa idade para sustentar a si e à sua mãe.
Em 1958 iniciou seus estudos no Rio de Janeiro, na Escola de Saúde do Exército. Em 1959 formou-se terceiro-sargento auxiliar de anestesiologia, sendo primeiro lugar de sua turma.
Em 1960 iniciou seus estudos na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Em fevereiro de 1962 prestou exame vestibular para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Estado da Guanabara, curso de licenciatura em matemática e física. Aprovado em primeiro lugar. No mesmo ano iniciou atividade como professor destas disciplinas, preparando alunos para vestibulares.
Em 1965 formou-se médico pela já citada Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, pedindo então baixa do Exército, após 8 anos de serviço ativo no Hospital Central do Exército, onde auxiliou os médicos em mais de 5.000 anestesias, já tendo recebido a medalha Marechal Hermes.
Em 1968 diplomou-se licenciado em Matemática e Física pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Estado da Guanabara e fundou o Curso Gradiente, pré-universitário, do qual foi diretor-presidente e onde lecionou matemática, física, químicabiologia e português.
Em 1969 fez o curso de especialização em cardiologia na 6ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e, a partir daí, foi integrado como assistente naquele Serviço de Cardiologia.
De 1973 a 1975 fez um mestrado em cardiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nesse período ministrou também aulas de fisiologia e semiologia cardiovascular na mesma universidade. Em 1975 apresentou a primeira versão de seu famoso curso O Eletrocardiograma, no Rio de Janeiro, mais tarde ministrado em São Paulo (1983), Quito-Equador (1985) e novamente no Rio de Janeiro (1986), dessa vez como curso nacional, ocorrido no Copacabana Palace.
Em 1976 defendeu sua dissertação de mestrado, "Alentecimento da Condução AV", e recebeu o título de mestre em cardiologia pela UFRJ. Ainda em 1976 escreveu o livro O Eletrocardiograma, referência no gênero. Publicado em 1977 e reeditado em 1987 como O Eletrocardiograma: 10 anos depois, essa obra é conhecida no meio médico como a "bíblia do Enéas"."

Visto a trajetória de vide de um homem com tantos conhecimentos, vejamos nos videos abaixo seu ponto de vista sócio-politico a respeito do Brasil. Muitos dos pontos fundamentais propostos e tocados pelo mesmo, foram talvez as principais ações dos futuros governos, necessária como dito, se não, não seriam realizadas (ex: negociação da dívida pública). 

Éneas em entrevista ao Jô Soares. Em rede nacional pode esclarecer muitas dúvidas a seu respeito.


Já no debate de RODA VIVA, na eleição de 1994 (vídeo abaixo) fica claro a forma como a mídia o bombardeia e não o possibilita o mesmo de concluir seus pensamentos. Éneas foi sem dúvida um homem contra os poderes e as explorações instituídas, explorações estas que hoje ainda permanece de maneira sutil aos olhos da mídia. Um homem muito a frente de seu tempo!

Engraçado que a mesma mídia que o ridicularizava, que não faz pensar e não faz com que as pessoas tenham um pensamento crítico, hoje em dia bombardeia os lideres que na época vangloriavam. 

Irônico é ver os mesmos jornalistas hoje defendendo pontos de vistas diferentes (que papelão Fernando Mitre e Clóvis Rossi). Uma mídia pobre de um país comprado as migalhas, explorado até a ultima gota de sangue.


                                                                          Dr Enéas Carneiro no Roda Viva 1994







quarta-feira, 30 de setembro de 2015

POLÍTICA AS CRIANÇAS - Rubem Alves

Explicando política às crianças
Texto de Rubem Alves

“Houve uma briga na floresta acerca da dieta a ser adotada por todos os bichos. De um lado estavam as vacas, as ovelhas, os patos, as galinhas, as girafas, os macacos, os bichos-preguiça, que diziam que a melhor dieta era a vegetariana, capim, folhas, flores, frutos. Alegavam que as coisas que cresciam da terra eram ricas em vitaminas e faziam bem à saúde. Do outro lado estavam as piranhas, as hienas, os gambás, os lobos, as onças que, ao contrário, afirmavam que o melhor mesmo era uma dieta de carne, porque a carne é rica em proteínas, que são fontes de energia. ‘Quem come carne é mais forte’, diziam.
A briga fez tamanha confusão que os bichos resolveram decidir o assunto por meio da coisa mais democrática possível. “Vamos fazer uma eleição!” Todos concordaram. “Pela eleição vamos escolher os bichos que vão decidir a questão, por meio de leis”. Todos concordaram de novo. E assim aconteceu. Formaram-se dois partidos. Os vegetarianos deram ao seu partido o nome de “Partido das Bananas”, porque as bananas, sem dúvida alguma, são as frutas que melhor representam a alma dos vegetarianos. Todo vegetariano gosta de banana. Além disso, há bananas em abundância na floresta. Ninguém ficará com fome. Os outros bichos se reuniram e pensaram que o nome do seu partido deveria ser “Partido do Churrasco”. Pois essa era a verdade: eles gostavam de comer carne. E o seu símbolo deveria ser uma linguiça. “Partido da Linguiça”: só de falar o nome a boca se enchia d'água…
Mas os carnívoros eram espertos. Sabiam que a verdade nem sempre deve ser dita. Perceberam que nenhum membro do Partido das Bananas iria votar num candidato do Partido da Linguiça. Por uma razão simples: os bichos vegetarianos seriam aqueles que seriam transformados em churrasco. Os bifes das vacas, as lingüiças dos porcos, os peitos dos francos, os perus assados, as coxas dos avestruzes… Todas as pesquisas do IBOPE indicavam que os vegetarianos ganhariam as eleições, por serem em número muito maior que os carnívoros. Assim, astutamente, reuniram-se para saber o que fazer. Um camaleão chamado Duda, carnívoro, apreciador de rinhas de galo, o sangue sempre o excitava, pediu a palavra: “Companheiros”, ele disse, “guerras são ganhas enganando-se o inimigo. Essa é uma lição que aprendemos dos humanos. Os soldados se camuflam para chegar perto de suas presas. Vestem-se de forma a parecer árvores e folhagens. Quando os inimigos se dão conta é tarde demais. É assim que eu faço. Mudo de cor. Fico parecendo um galho de árvore. O inseto só me percebe quanto minha língua visguenta o lambe. Queria sugerir, então, que usassem a minha tática. Se nos proclamarmos carnívoros os vegetarianos não votarão em nós. Vamos nos fantasiar de vegetarianos!” Todos aplaudiram a brilhante reflexão do camaleão Duda e resolveram dar ao seu partido um nome bem ao gosto dos vegetarianos: “Partido dos Abacaxis”. Todo mundo gosta de abacaxis, tão doces, tão perfumados, tão brasileiros. E assim foi. Iniciou-se, então, a campanha do Partido das Bananas contra o Partido dos Abacaxis. Os vegetarianos faziam comícios em que bananas eram distribuídas por todos. As galinhas, os patos e os perus não perdoavam nem mesmo as cascas… Os carnívoros promoviam grande churrascos só que, ao invés de picanhas sobre as brasas, eram abacaxis sobre as brasas. Faziam churrasco de tudo quanto é vegetal. Além dos abacaxis, bananas, pinhões, batatas, mandioca, cebolas, tomates, pimentões. Assim, os dois partidos tinham o mesmo programa: dieta vegetariana para todos.
Os membros do Partido das Bananas sentiram, de longe, o cheiro bom dos churrascos dos Partido dos Abacaxis. E começaram a se aproximar. Perceberam que os membros do Partido dos abacaxis não eram tão maus quanto se dizia. Chegaram mais perto. Provaram. Gostaram. “É, churrasco de banana é mais gostoso que banana crua”, disseram. E até os macacos aderiram.
Aí veio a eleição. É preciso não esquecer que eleições têm por objetivo escolher aqueles que terão o poder de fazer as leis. Eleitos democraticamente, decidiriam democraticamente a dieta de todos os bichos. As decisões dos representantes seriam leis para todos. Ao dar aos seus representantes o poder para decidir, os bichos estavam, com esse ato, abrindo mão do seu direito de decidir. Depois de feitas as leis só lhes restava obedecer.
Empossado o congresso, os representantes elegeram o seu presidente. O bicho que recebeu mais votos foi a Hiena, famosa por seu senso de humor: estava sempre dando risadas. Na sua posse ela fez um lindo discurso sobre as excelências da dieta vegetariana. E para terminar deu uma aula de filosofia. “Como disse o filósofo alemão Ludwig Feuerbach, nós somos o que comemos. Vacas e veados comem capim; portanto são capim. Macacos comem banana; portanto são bananas. Galinhas e patos comem milho; portanto são milho. Pássaros comem alpiste; portanto são alpiste. Assim, onças que comem vacas e veados estão, na verdade, comendo capim. Uma cobra que come um macaco está, na realidade, comendo bananas. Um gambá que come galinhas está, na realidade, comendo milho. E um gato que come passarinhos está, na realidade, comendo alpiste. Assim sendo, e em cumprimento às promessas que fizemos no período eleitoral, proclamo a lei de que todos os animais terão de ser vegetarianos, cada um do seu jeito. Viva a República Vegetariana!” Se vocês argumentarem que as conclusões filosóficas da Hiena estão erradas direi que vocês estão com toda razão. Mas é preciso que se aprenda uma outra regra da política: ‘Na política quem tem razão não é quem tem razão. É quem tem o porrete maior…
O discurso da Hiena foi saudado com uma grande salva de palmas, seguido por um festival gastronômico em que hienas, onças, lobos, cães vadios, cobras, gambás e gatos churrasqueavam vacas, veados, macacos, galinhas e passarinhos. “Pois Feuerbach não disse que somos o que comemos? A lei é clara: todos os animais são vegetais transformados..”.
Aí os membros do Partido das Bananas perceberam que haviam caído numa armadilha. Leis são armadilhas. Uma vez feitas não podem ser desrespeitadas, a menos que sejam revogadas por aqueles que as fizeram, os representantes eleitos.
Mas quem teria poder para revogar essa lei? Olhando para seus gordos representantes no Congresso era claro que nenhum deles estava disposto a trocar costeletas, lombos e lingüiças por alface, couve e cenoura… Concluíram, então, que com aquele congresso de carnívoros a reforma política jamais seria realizada. O Ganso, metido a intelectual, repetiu então uma frase que havia lido num livro em inglês: “might makes right”… É o Poder que estabelece o Direito.
Foi então que um leitão rechonchudo chamado Alfred Hitchcock pediu a palavra. Ele já havia experimentado a dor da perda de sua mãe, comida por uma onça que falava enquanto comia: “Que deliciosa é essa porca! Ela é milho, é abóbora, é mandioca, é batata! Como é boa a dieta vegetariana!” Pois bem. O dito leitão ponderou: “Eu não posso enfrentar a onça. As galinhas não podem enfrentar os gambás. Os cordeiros não podem enfrentar os lobos! Mas os pássaros! Milhares de pássaros em seus vôos rasantes e bicos pontudos! Que poderão fazer as onças, os gambás e os lobos contra o ataque de milhares e pássaros? Vamos chamar os pássaros! Eles são vegetarianos! São nossos aliados!”” E assim aconteceu. Vieram então, em bandos que tapavam o sol, milhares de andorinhas, pássaros pretos, sabiás, pardais, tico-ticos, periquitos… Invadiram o edifício do Congresso. Foi um pandemônio. O espaço escureceu. O barulho dos pios e dos gritos dos pássaros era ensurdecedor. Milhares de bicos bicando sem parar em mergulhos certeiros. Além disso, por onde iam soltavam seus excrementos moles e fedidos que escorriam pelas caras dos excelentíssimos. Os representes gritavam histéricos: “Isso é conspiração! Estão tentando desestabilizar o governo!” Mas os pássaros nem ligaram. Continuaram a fazer o que estavam fazendo. Os gambás, onças, lobos, cães vadios e hienas fugiram e nunca mais voltaram, com medo de que os pássaros lhes furassem os olhos…”
Agora, meninos e meninas: vamos chamar os pássaros…



terça-feira, 29 de setembro de 2015

CRITICA SOCIAL ATRAVÉS DA ARTE


"Em tempos onde os problemas políticos e sociais são delicados, a critica social não poderia ser do mesmo caráter. O artista polonês Pawel Kuczynski realiza desenhos satíricos com o principal objetivo de fazer que o público se auto-questione o porquê de muitas coisas que formam parte do nosso dia-a-dia.
Seus temas vão da vida social à política ou a pobreza, e também se você olhar com atenção às obras, irá notar muitas situações descritas incisivamente e sem palavras…
É preciso parar e refletir um pouco para tentar captar a essência da mensagem que o artista quer nos passar mas é difícil ficar indiferente à sua obra sem questionarmos os valores predominantes na sociedade atual."

































O ASSUSTADOR RITUAL DA TRIBO KUKU-KUKU




"Se você pretende visitar a região de Menyama, na Papua Nova Guiné, se prepare para encontrar cenas assustadoras. Alguns corpos carbonizados e endurados em penhascos e coisa rotineira no local. Sinceramente a cena está próxima a alguns crimes bárbaros que ouvimos por aí, porém, está longe de ser crimes, trata-se de um ritual cruel e bizarro.

“Corpos defumados de Aseki” assim que são conhecidos, eles são preservados intencionalmente pela tribo local Kuku-Kuku, e depois disso enforcados e colocados no penhasco.
Para conseguir preserva-los, eles queimam os corpos de seus parentes, uma vez que a fumaça consegue remover a umidade que o corpo tem e também cria propriedades antibacterianas. Para que o processo aconteça mais rápido elas esfaqueiam varias vezes seus entes, conseguindo remover todos os fluídos, removendo todos os órgãos internos pelo ânus. Depois de tudo pronto, eles levam os corpos para um local bem inclinado.
Os corpos são posicionados de tal modo que representa estar olhando para a aldeia sob a montanha. Significando proteção sobre a aldeia.
Mas não pense que qualquer um tem o seu corpo defumado e tornam-se guardiões da aldeia. Apenas os filhos de guerreiros podem ser guerreiros e assim vai.
Atualmente essa tradição está perdendo a força, e não está atuando frequentemente entre as tribos como era popular nas décadas atrás, mas alguns corpos ainda continuam passando por esse ritual assustador."




Será que eles realmente são tao diferentes assim das culturas Ocidentais? Pare para pensar o que fazemos com os nossos mortos, quais os procedimentos para o velório... Parece que os SONACIREMAS estão em todas as partes.





quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Clandestino


Tema altamente contemporâneo é a immigração que a europa vem recebendo da africa nos ultimos meses. Porém seria interessante refletir para alem de toda a mazela que a europa levou aquele continente.
O que garante as pessoas o direito a terra? O direito a uma nascente de água? Se refletirmos para além da questão radical e reformista, e para além da questão do primeiros proprietarios, e chegando a uma questão quase religiosa.... aquela terra é prometida de alguem?

Segue a musica de Mano chao...


Clandestino

Sozinho vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para escapar da lei

Perdido no coração
Da grande babilônia
Me chamam de clandestino
Por não ter identidade

Pra uma cidade do norte
Eu parti para trabalhar
Minha vida lá deixei
Entre Celta e Gibraltar

Sou uma arraia no mar
Fantasma da cidade
Minha vida é proibida
Disse a autoridade

Sozinho vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para escapar da lei

Perdido no coração
Da grande babilônia
Me chamam de clandestino
Eu sou o "Quebra Lei"


Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Maconha ilegal

Sozinho vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para escapar da lei
Perdido no coração
Da grande babilônia
Me chamam de clandestino
Por não ter identidade

Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Mão Negra ilegal



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Cardápio Oculto: Um estudo sobre a ideologia vegetariana

Bom dia a todos,

No intuito de compartilhar o conhecimento cientifico estou disponibilizando minha monografia sobre o estudo da ideologia vegetariana. 
Para aqueles que estudam o tema da ideologia e para aqueles que pesquisam sobre o vegetarianismo acredito que estão reunidas muitas informações sobre o tema.

Não se esqueçam de citar caso forem usar em seus trabalhos. Fico grato com o retorno e as criticas.


Obrigado!




SANT´ANA, Eustáquio de Carvalho. O cardápio Oculto: um sobre a ideologia vegetariana. Orientador: Prof. Doutor Raul Francisco Magalhães: UFJF/Dep. Ciências Sociais, 2008. 90 p. Monografia. (Graduação em Bacharelado de Ciências Sociais).

O objetivo deste trabalho é pesquisar o conceito de ideologia, de modo a possibilitar a melhor compreensão da ideologia vegetariana, fazendo por tanto, um paralelo desta com os conceitos ideológicos vigentes. Nesta finalidade, ocorrerá uma série de levantamento de dados, buscando contextualizar este grupo em nossa sociedade, assim como as analises midiática, e como ocorre a busca pela desconstrução simbólica da carne por este grupo.

Palavras-chave: Ideologia, mídia e desconstrução simbólica.




segunda-feira, 20 de abril de 2015

Agressões Gratuitas em Rede Sociais e demais meios.

Hoje é muito comum agressões gratuitas, mas na maioria dos casos isso ocorre quando o agressor está protegido seja na "anonimidade" da internet, ou por traz das ferragens do carro.

A sociedade anda cada vez mais "otária" por assim dizer. Hoje em um grupo do facebook ocorreu um fato interessante. Um usuário postou uma informação totalmente incoerente sobre um fato que vem ocorrendo no Rio de Janeiro, sem ao menos fazer a minima pesquisa para saber se realmente o que ele estava dizendo era coerente com a realidade. Após eu postar uma informação sobre um estudioso no assunto dizendo que os fatos são normais no Rio e não a nada a que se preocupar, o sujeito simplesmente me chamou de otário, dizendo que elefantes, cavalos ou macacos que não iriamos encontrar no mar.

Nem sequer mencionei o nome do infeliz no poste e o mesmo já vem querendo defender sua santa ignorância, me atacando desnecessariamente e chamando de otário. Fico imaginando se pessoalmente em uma conversa informal ele me chamaria desta forma. A gente fica extremamente revoltado em receber uma agressão gratuita desta. Pensei em respostas possíveis, mas vendo que em nada resultaria a não ser possíveis mais insultos, resolvi apagar as postagem, o post, e sai o grupo para minha felicidade. 

Me lembrou outro dia no transito. O sujeito atras de mim querendo cortar pela direita e reclamando que eu não ia mais rápido na pista correta, pois na minha frente havia um ônibus dando seta que ia entrar. O sujeito errado, passa do meu lado reclamando ainda por cima. Será que esse sujeito iria reclamar de algo se o transito tivesse parado na "faixa" que ele pegou? Acho que não...

O que se vê por ai são completos covardes, ignorantes e egoístas, que não possuem a capacidade de diálogo e interpretação do que ocorre a sua volta. Completos ignorantes que não percebem o quanto uma informação errada passada a diante pode ser prejudicial ao turismo e outros, ou ignorantes e egoístas que não veem que tem um ônibus lotado de passageiros querendo entrar.

Podemos citar filósofos e sociólogos que interpretam a sociedade de maneira X ou Y, mas o fato é que a fé na sociedade e a fraternidade (se colocar no lugar do outro) está cada vez mais complicado!