quinta-feira, 11 de março de 2010

O sistema capitalista





O Sistema Capitalista
Capital, Mão-de-obra e lucro.

O começo

A relação do homem com a natureza deu origem a diversas e distintas formas de organização e cultura dos seres humanos, estabelecendo:

--> Regras de convívio;
--> Crenças (culturas, forma de organização, sociedades patriarcais ou matriarcais, etc);
--> Agrupamentos (caça, agricultura, etc);
--> Solidariedades – mecânicas ou orgânicas (possibilitando a formação de sociedades maiores e mais complexas).

As diferentes sociedades podem ser caracterizadas (ou sintetizadas) através de seu modo de produção à maneira como a sociedade é organizada como um todo para garantir a sobrevivência e a sua continuidade. Este conceito envolve 3 níveis diferentes.

-Nível econômico: forma em que determinada sociedade se organiza para produzir seu bens materiais. (necessidades básicas em tribais ou fetiches em nossas)

-Nível jurídico-político: normas e leis que junto com as instituições garantiram o cumprimento das primeiras.

-Nível ideológico: Invenção de tradições, costumes, e idéias que devem ser entendidas como naturais. Representa a forma que determinada sociedade vê e analisa o mundo.
Destacaremos desta forma os aspectos do modo de produção capitalista.

O capitalismo – Sua formação

Do Séc. IV a XIV o modo de produção dominante era o feudalismo.
Feudalismo: Falta de mobilidade social (hoje também). Mundo regido pela igreja católica, que reproduzia segundo ela, a vontade de Deus. Um mundo sem questionamentos, sem transformações.

Com o tempo surgiram três grupos sociais:

Comerciantes: Surgiu nos entroncamentos das rotas comerciais, formando feira onde eram comercializados vários produtos, entre eles as especiarias. As feiras formaram cidades fortificadas (burgos), dando origem a palavra burgueses.

Artesões: Se estabeleciam nos feudos e burgos, realizando seu oficio.

Camponeses livres: Ocupavam terras improdutivas ou afastadas, assim como pântanos.
As três classes provocaram mudanças na nova ordem com o passar do tempo, pois se diferenciavam do feudalismo.
>>> Comerciantes iniciando uma contestação da igreja (resultando na reforma protestante);
>>> Poder foi sendo acumulado aos poucos nas mãos da nobreza.

A burguesia em crescimento buscou centralizar o seu poder nas mãos do Rei, realizando acordos com o mesmo e possibilitando a formação das Monarquias Nacionais, que realizou as grandes navegações, gestando o novo sistema social e econômico... O capitalismo.

O capitalismo em operação
Com a revolução industrial iniciada na Inglaterra o capitalismo tornou o meio de produção dominante.

Para os capitalistas, se fazia necessário a acumulação de capital, assim como os burgueses ingleses que se enriqueceram por séculos na chamada acumulação primitiva de capital.
>>> Financiamento de piratas;
> >>Tráfico de escravos;
>>> Empréstimo de dinheiro a juros;
>>> Pagando salários miseráveis a artesãos em manufaturas;
>>> Vencendo guerras, comercializando e impondo tratados a países fracos.

As industrias se viram em grande concorrência, e para ganha-la se viu necessário o uso de máquinas. Para montar e operar as maquinas era necessário operários, estes que se encontravam no campo (população rural na época).

O símbolo Maximo da Revolução Industrial: A maquina a vapor à navios, trens, banhos quentes (qualidade de vida), + produção, + transporte, + comércio >>> Produção em massa.
Túneis, pontes, minas, tecnologias, galerias (ferro e vidro); o capitalismo colocou tudo a seu serviço.

Cercamento dos campos: Os fazendeiros investiram na produção agrária, ocupando terras onde se encontravam camponeses, obrigando as famílias a ficarem em territórios cercados. Aos poucos foram sendo expulsos destas terras, tendo como única opção o degradante trabalho nas “cidades”.

Neste momento:

>>> Poder dos Senhores Feudais já estava fraco ou inexistentes.
>>> Estado ausente para com os primeiros trabalhadores – (era os nobres).
>>> Camponeses tinham a idéia da “liberdade” e não da propriedade privada.

Com o desenvolvimento das fábricas (séc. XVIII) muitos artesãos se viram falidos (falência da arte com as tecnologias (retratos)). A única opção que lhes restava era o trabalho para os donos de fabricas com “salários” baixíssimos (diminuir o valor do produto para vender e lucrar mais. Intensificação da mais-valia).

Final do séc. XVIII (1750) surgiram as primeiras industrias. Mas em 1950 que elas se desenvolveram plenamente.

>>>Camponeses e artesãos saem de cena! Os primeiros com o Cercamento dos Campos, o segundo com a produção em série (manufatura).

O Estado

O Leviatã. Representa o Estado, todos deviam entregar suas armas ao Estado para que este passa-se a manter a ordem e estabelecer a justiça. Ele teria desta forma o monopólio da violência.

O soberano surge no fundo do quadro em grandes proporções, no horizonte do território, tendo à sua frente e abaixo a cidade devidamente ordenada, formada por zonas de fortificação militar, muros, residências e igrejas. Sua mão direita porta uma espada (poder temporal civil) enquanto a mão esquerda carrega um cetro (poder atemporal eclesiástico), simbolizando a fusão, em um único ente do poder soberano.

Considereções sobre a maquina a vapor...

Thomas Newcomen é considerado o pai da máquina a vapor.

Em 1712, Newcomen instalou uma máquina para drenar a água acumulada nas minas de carvão, em Staffordshire, na Grã-Bretanha, a primeira movida a vapor.

James Watt, mecânico escocês, aperfeiçoou o modelo de Newcomen. Este seu invento deflagrou a Revolução Industrial e serviu de base para a mecanização de toda a indústria.

Em 1814, o inglês George Stephenson revolucionou os transportes com a invenção da locomotiva a vapor.



A máquina a vapor permitiu um grande deslocamento de mercadoria em todo mundo, seja locomotivas, navios e futuramente motores com veículos.

O progresso não foi completo!!!

A situação dos operários era cada vez pior. Sem leis trabalhistas, proibidos de organizar sindicatos (no Brasil ainda de pelego quando houve), sem aposentadoria, sem hora extra. Educação para os filhos nem pensar! (Como hoje)

O Estado visava apenas os interesses dos capitalistas.
A reação dos trabalhadores foi de quebrar as maquinas, primeira associação que fizeram de sua existência miserável.
Trabalhadores eram inconsciente. >>>Talvez conscientes de sua cidadania não teriam este problema.

Em 1812 o parlamento inglês aprovou uma lei que condenava a pena de morte quem quebrasse uma maquina.

>>> Imagina o desespero de um trabalhador se uma maquina quebrasse nas mãos de algum deles.

Os trabalhadores desta forma começam a se organizar, ter consciência de sua cidadania, de sua força e de sua classe, formando então a consciência de classe. Percebendo que a greve e a união eram suas maiores forças. “Puniam” quem furasse uma greve.

Os sindicatos começaram a ser criados, mas houve resistência dos grupos dominantes, mesmo assim continuavam.


Considerando que, em noite da ultima terça, aproximadamente dez horas, um grande número de homens, armado com pistolas, martelos e clubes, entrou na casa de George Ball, de Lenton, próximo a Nottingham, disfarçado com máscaras e lenços em cima de suas faces, e de outros modos,--- e depois de golpear e abusar a Ball eles quebraram e destruíram cinco armações de Meia-calça, quatro de que pertenceu a Ball, e uma Armação, 40 desafio, pertencendo a Sr. Francis Braitlaite, tudo dos quais estavam trabalhando a PREÇO CHEIO.”


Folheto de recompença para quem entregasse o grupo que estava quebrando máquinas.




Concorrência e monopólio

No séc. XIX foi criada uma serie de “leis naturais” da economia, leis estas que defendiam e justificavam os lucros exacerbados da elite.
A função dos Estados seria três:
>>> Proteger a propriedade;
>>> Não interferir no lucro;
>>> Preservar a paz. (Ou a ordem na sociedade para a elite).

Pensamentos da época, liberais/ liberalismo:

“Procure seu lucro e você estará ajudando o Estado” Adam Smith

“Quando os trabalhadores recebem mais que o necessário para a manutenção de suas familias, tendem a aumentar o tamanho dessas familias. Portanto nada de aumentar o salário do trabalhador.” David Ricardo

A crise

Superprodução e imperialismo. Muitas mercadorias, poucos consumidores.
Para Karl Marx o capitalismo era irracional. Ele acreditava que haveria crises cíclicas devido a concorrência, gerando falência, desemprego, aumento da miséria e da violência.

Industria demitia > Operário sem dinheiro > industria sem consumidor.

Empresas e capitalistas partiam para áreas pobres no mundo para buscar matéria prima, mão-de-obra barata e expandir seus negócios.

>>> Partilha da África;
>>> Colonização da Ásia;
>>> Exploração da América (países pobres)

O imperialismo passa desta forma a tomar corpo. Um domínio econômico e cultural, e por tabela, militar.

Depoimento do general americano Smedley Butler

“Desde segundo-tenente até general, passei a maior parte do tempo servindo de guarda-costas para Wall Street e seus banqueiros.
Assim, ajudei a transformar o México num lugar seguro para os interesses petrolíferos americanos em 1914.
Ajudei a fazer de Cuba e Haiti lugares decentes para que os rapazes do City Bank pudessem recolher seus lucros em paz.
Ajudei a a purificar a Nicarágua para que os irmãos Brown pudessem instalar seus bancos, entre 1909 e 1912. Limpei o terreno na República Dominicana para os interesses açucareiros norte-americanos, em 1916.
Na China em 1917, colaborei para que a Standart Oil fizesse seu trabalho. Eu tinha, como diriam os rapazes do gatilho, uma boa quadrilha.
Fui recompensado com honorários e promoções. Voltando, agora, os olhos ao passado, acho que poderia dar umas boas sugestões a Al Capone.“



O capitalismo e seus problemas

O capitalismo funciona sob as seguintes condições:

>>> Concentração da propriedade privada;
>>> Uma M-d-o destituída de qualquer propriedade, somente sua força de trabalho;
>>> Livre concorrência entre as empresas;
>>> Leis e idéias que garantam o seu funcionamento e justifique a sua irracionalidade e injustiça perante milhões de indivíduos.

Inicia-se com o capitalismo uma barbárie. Industrialização do homicídio. Exterminação em massa, impessoalidade do massacre, ou seja, populações inteiras eliminadas com o menor contato entre quem toma as decisões e a vitima (guerras no Iraque, Gaza...)

Destruição indiscriminada da natureza, genocídios, massacres e outros crimes do séc. XX. O que passa a vigorar é a busca incessante pelo o LUCRO e não o bem estar dos SERES HUMANOS.


Os trabalhadores pobres de Manchester F. Engels

“A cidade é construída de forma tão peculiar que se pode morar nela durante anos, entrar e sair diariamente, sem entrar em contato com um bairro de trabalhadores, ou mesmo com um trabalhador, isto é, desde que se limite a negócios ou a passeios. Isto provém principalmente do fato de que, ou por tácito acordo inconsciente, ou por uma intenção já consciente, os bairros dos trabalhadores estão rigorosamente separados das partes da cidade reservadas à classe média.”

“Jamais encontrei, porém, em qualquer outra parte, como em Manchester, ao mesmo tempo, um tão sistemático isolamento da classe trabalhadora em relação às ruas principais, e um tão delicado encobrimento de tudo aquilo que possa ferir as vistas e os nervos da burguesia.”

“...Era um destes pátios, logo no começo, onde termina este acesso, fica uma latrina que não tem nenhuma porta e é tão suja que os moradores apenas podem entrar ou sair do pátio atravessando um charco de urina podre e excrementos que a rodeiam...”

“...abaixo, ao nível do rio, situam-se vários curtumes (onde prepara o couro), que empestam toda a região com o mau cheiro da decomposição de matérias orgânicas. Para os pátios abaixo de Ducie Brigde, na maioria das vezes descendo escadas sujas e estreitas e alcançam-se as casas somente transpondo montes de entulhos de lixo.”

“...O primeiro pátio no tempo da cólera, estava em tais condições que a polícia sanitária o mandou evacuar, limpar e desinfetar com cloro.”

“Embaixo corre, ou melhor, estagna, o Irk, um rio escuro, mal cheiroso, cheio de entulhos e de lixo, que se amontoam na margem direita, mais plana; com o tempo seco, fica ai uma longa fila de poças de lama verde escura, asquerosíssima, de cuja profundidade sobem permanentes bolhas de gases miasmáticos, das quais se desprendem um cheiro que, mesmo para os que estão em cima da ponte, quarenta ou cinqüenta pés acima do nível da água , torna-se insuportável.”

Em outro bairro...

“...monte de entulhos, lixo e imundície; poças de lama em vez de esgotos, e um cheiro que por si mesmo impediria qualquer pessoa razoavelmente civilizada de morar em tal distrito.”
“Como podem as pessoas se lavar, se só há por perto as águas imundas do Irk e somente nos bairros decentes da cidade existem sistemas de canalização e bombas de água?”

Em outro bairro...(nas mesmas condições):

“A quantidade de porcos que aqui perambulam por toda parte, nas vielas, que fuçam os lixos ou que estão presos em pátios em pequenos chiqueiros.”

“Tal é a antiga cidade de Manchester – e quando releio mais uma vez minha descrição, preciso reconhecer que em vez de exagerada não é nem de longe suficientemente penetrante para tornar visível a sujeira, a decadência e a inabitabilidade e o tipo de construção incompatível com toda a consideração sobre limpeza, ventilação e saúde deste bairro, que abriga pelo menos vinte a trinta mil moradores.”

“E tal bairro existe no centro da segunda cidade da Inglaterra, a primeira cidade industrial do mundo!”

“...Tudo o que mais intensamente provoca nosso desprezo e nossa indignação é de origem nova, pertence a época industrial.”

“...somente a industria fez isso, ela que, sem estes trabalhadores, sem a sua pobreza e a sua escravidão não poderia existir”.



A pesar de todo o desenvolvimento, ainda encontramos no séc. XXI a mesma miséria das primeiras cidades industriais, como descrita por Engels.













Os trabalhadores pobres – Eric Hobsbawn

“O alcoolismo em massa, companheiro quase invariável de uma industrialização e de uma urbanização bruscas e incontroláveis, disseminou “uma peste de embriagues” em toda a Europa”.

“Tudo concorria para aumentar a desmoralização. As cidades e as áreas industriais cresciam rapidamente, sem planejamento ou supervisão, e os serviços mais elementares para manter a vida na cidade fracassavam. A conseqüência mais patente desta deteorização urbana foi o reaparecimento das grandes epidemias de doenças contagiosas.”

O crescimento urbano empurrou os pobres para as áreas de miséria em grandes concentrações.
Bebida, infanticídio, prostituição, suicídio, demência entre outros eram as fugas encontradas pelos trabalhadores, com auto estima baixa.

No séc XIX, os trabalhadores encontraram na rebelião e na união o inicio de um caminho para a resolução de seus problemas.

“A expectativa média de vida em 1840 eram 2 vezes maior entre os trabalhadores rurais do que entre os trabalhadores urbanos de Manchester ou de Liverpool.

“O verdadeiramente novo movimento operário no séc XIX era a consciência de classe e a ambição de classe. Os ‘pobres’ não mais se defrontavam com os ‘ricos’. Uma classe especifica, a classe operária, trabalhadores ou proletariados, enfrentavam a dos patrões ou capitalistas.

“A nova classe” buscava o respeito, reconhecimento e igualdade.
A solidariedade inquebrantável era a sua única arma, pois somente assim eles poderiam demonstrar seu modesto, mas decisivo ser coletivo. à Não se poderia furar uma greve por exemplo.

“O movimento trabalhista deste período, portanto, não foi estritamente um ‘movimento proletário’ nem em sua composição nem em sua ideologia e programa, e não foi apenas um movimento de trabalhadores fabris e industriais ou, nem mesmo, limitados a trabalhadores assalariados. Foi antes uma frente comum de todas as forças e tendências que representava o trabalhador pobre, principalmente urbano.

“O que mantinha este movimento unido era a fome, a miséria o ódio e a esperança, e o que os derrotou, na Grã-bretanha cartista e no revolucionário continente europeu de 1848, foi que os pobres – famintos, bastantes numerosos e suficientemente desesperados para se insurgirem – careciam da organização e maturidade capazes de fazer de sua rebelião mais que um perigo momentâneo para a ordem social.

A ideologia secular (titulo de outro texto).

Com a ideologia liberal...
“... O progresso era, por tanto, tão ‘natural’ quanto o capitalismo. Era evidente que o progresso da produção estava de braços dados com
o progresso das artes, das ciências e da civilização em geral. (...) Eram homens que acreditavam, com considerável justificativa histórica neste período, que o caminho para o avanço da humanidade passava pelo capitalismo.”

“Do séc XVIII, como nascidos de uma fonte comum, correm dois rios. Um deles carrega homens para instituições livres, o outro para o poder absoluto.”
Mas iniciou-se o combate a esta ideologia liberal, devido ao trabalhador pobre, excluído do processo do desenvolvimento.

“O objetivo primordial e necessário de toda a existência deve ser a felicidade, mas a felicidade não pode ser obtida individualmente; é inútil esperar-se pela felicidade isolada; todos devem compartilhar dela ou então a minoria nunca será capaz de goza-la.”

“Um mundo no qual todos fossem felizes e no qual todo individuo realizasse livre e plenamente suas potencialidades, no qual reinasse a liberdade e do qual desaparecesse o governo coercitivo era o objetivo máximo de liberais e socialistas.”

A contradição existente no capitalismo cavava o seu próprio coveiro, com cada vez mais proletariados descontentes.

O capitalismo se ergueu com o racionalismo sobre o feudalismo. O socialismo ergueria com os trabalhadores sobre as contradições.


SOCIALISMO – Uma alternativa ao capitalismo

Em 1830, surgiram pensadores que acreditavam que o capitalismo deveria beneficiar toda a sociedade e não apenas poucos indivíduos (a burguesia).

Estes eram chamados de socialistas, como Robert Owen e Charles Fourier. Eles buscavam uma sociedade mais justa e racional.

Karl Marx e Friedrich Engles foram os mais famosos pensadores do socialismo. Foram fundadores do Socialismo Cientifico, o marxismo.
“Filósofos se limitam a interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo.”

A única força capaz de mudar o mundo para eles é o proletariado. Para ele o capitalismo é injusto porque a única maneira da burguesia lucrar é com a exploração do proletariado. Eliminar o capitalismo seria a única forma de acabar com a exploração.

O trabalhador (proletário) deveria se organizar, para em um momento de crise expropriar a burguesia e fundar uma sociedade socialista.


A tentativa do socialismo

O socialismo seria a primeira etapa de construção de uma nova sociedade, em que os operários, depois de derrubarem a burguesia, instalariam o Estado Operário.
Quando este Estado não for mais necessário para haver a ordem e a divisão justa da riqueza, implantaria-se o Estado Comunista.

Em 1917, com a revolução russa o socialismo toma corpo. Através do partido Bolchevique, liderado por Lenin, tendo como aliados Trotsky, Stalin e outros comunistas russos. Antes o país era governado por imperadores, sendo um dos mais pobres do mundo.
Lenin buscava em sua administração a participação do povo nas decisões econômicas do país, buscando desta maneira a transição para o comunismo.

A pesar do desenvolvimento, Lenin enfrentava:
>>>Guerra civil provocada pela burguesia;
>>>Apatia dos trabalhadores, com fome e cansados de guerras;
>>>Envolvimento na primeira guerra mundial.

Em 1922 a URSS nasce com a adesão de repúblicas vizinhas.
Lenin morre em 1924.
Trotsk e Stalin disputam o poder.

O 1º buscava expandir a revolução, o segundo manter a revolução no país, isolado, para depois expandi-la. Trotsk perde e é obrigado a abandonar o país.

Stalin ganha grandes poderes e o exerce como ditador, até sua morte em 1953. O Estado decidia e controlava tudo. à Imprensa, livros escolares, idéias do mundo capitalista (tentações).

Trotsk criticou como a revolução estava se divergindo das idéias de Marx. Para ele o que existia era a revolução da burocracia, burocracia do Partido Comunista e não do proletariado.

Em 1980 e 1990 (guerra fria) as republicas da URSS começam a cair e aderir ao capitalismo. Suas medidas, além da diminuição do controle do Estado, eleições, etc, foi o restabelecimento da propriedade privada.

Para os capitalistas o fim da URSS foi um exemplo que o futuro da humanidade seria o capitalismo, definitivamente, Alegavam que as idéias de Marx desabaram com aquelas repúblicas.


OLIVEIRA, Luiz Fernandes; COSTA, Ricardo Cesar. Sociologia para Jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Mundo Imperial, 2007.

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